Após alguns dias de inactividade - trabalho de Verão - ponderei seriamente acerca daquilo que iria escrever no próximo tópico do Quarteira XXI. Surgiu a ideia de dar a conhecer um pouco os factos que resultaram do terramoto de 1 de Novembro de 1755 e respectivo marmoto, que, obliterou por completo esta aldeia de pescadores do litoral Algarvio.
Este pequeno excerto, ao qual atribui devida atenção fala-nos da distribuição espacial da população no Concelho de Loulé. «Em toda a zona costeira do Concelho apenas achávamos as armações, as fábricas dos italianos e a aldeia de pescadores de Quarteira, constituida por cabanas; não propriamente junto ao mar, porque os habitantes de Quarteira, tal como os de Boliqueime, depois do terramoto de 1755, seguido de marmoto, afastaram-se da costa e retiraram-se para zonas elevadas» (Martins, 2004)
Apelando um pouco ao senso comum, começamos a descortinar os efeitos deste acontecimento, ainda visivel nas ruas de Quarteira da zona dos Cavacos/Quarteira velha. Ruas estreitas e de ordenação algo confusa, podemos deduzir facilmente que as zonas mais altas tornaram-se referenciais para habitação. O que implica que o território - litoral - que conhecemos como Quarteira, naquele determinado espaço temporal de 1 de Novembro de 1755 sofreu um Restart.
«Em Quarteira, os pescadores povoaram o monte conhecido por Cavacos. Aqui, segundo testemunha O Pregoeiro, encontravam-se cerca de 300 cabanas de junco. O espaço geográfico de terrenos arenosos permanecia em geral desabitado, salpicado de ruínas de antigas povoações, fortes e torres de vigia» (Martins, 2004)
Depois de 1 de Novembro de 1755 - O que aconteceu à povoação de Quarteira?
Devido a destruição imposta pelo terramoto/marmoto toda e qualquer estrutura existente no litoral desapareceu, unicamente ficando de pé algumas estruturas de cariz defensivo já conhecidas de todos nós. A zona dos cavacos por ser mais alta serviu de local para a fundação das novas habitações destes Quarteirenses que sofreram com estes cataclismo. Segundo, informações da altura terão morrido cerca de 50 pessoas do sexo feminino e do sexo masculino, afirmo que se Quarteira não tivesse sofrido este Restart, hoje teria outra importância no Concelho de Loulé.