sábado, 15 de agosto de 2009

Depois de 1 de Novembro de 1755 - O que aconteceu à povoação de Quarteira?

Após alguns dias de inactividade - trabalho de Verão - ponderei seriamente acerca daquilo que iria escrever no próximo tópico do Quarteira XXI. Surgiu a ideia de dar a conhecer um pouco os factos que resultaram do terramoto de 1 de Novembro de 1755 e respectivo marmoto, que, obliterou por completo esta aldeia de pescadores do litoral Algarvio.

Este pequeno excerto, ao qual atribui devida atenção fala-nos da distribuição espacial da população no Concelho de Loulé. «Em toda a zona costeira do Concelho apenas achávamos as armações, as fábricas dos italianos e a aldeia de pescadores de Quarteira, constituida por cabanas; não propriamente junto ao mar, porque os habitantes de Quarteira, tal como os de Boliqueime, depois do terramoto de 1755, seguido de marmoto, afastaram-se da costa e retiraram-se para zonas elevadas» (Martins, 2004)

Apelando um pouco ao senso comum, começamos a descortinar os efeitos deste acontecimento, ainda visivel nas ruas de Quarteira da zona dos Cavacos/Quarteira velha. Ruas estreitas e de ordenação algo confusa, podemos deduzir facilmente que as zonas mais altas tornaram-se referenciais para habitação. O que implica que o território - litoral - que conhecemos como Quarteira, naquele determinado espaço temporal de 1 de Novembro de 1755 sofreu um Restart.

«Em Quarteira, os pescadores povoaram o monte conhecido por Cavacos. Aqui, segundo testemunha O Pregoeiro, encontravam-se cerca de 300 cabanas de junco. O espaço geográfico de terrenos arenosos permanecia em geral desabitado, salpicado de ruínas de antigas povoações, fortes e torres de vigia» (Martins, 2004)

Depois de 1 de Novembro de 1755 - O que aconteceu à povoação de Quarteira?

Devido a destruição imposta pelo terramoto/marmoto toda e qualquer estrutura existente no litoral desapareceu, unicamente ficando de pé algumas estruturas de cariz defensivo já conhecidas de todos nós. A zona dos cavacos por ser mais alta serviu de local para a fundação das novas habitações destes Quarteirenses que sofreram com estes cataclismo. Segundo, informações da altura terão morrido cerca de 50 pessoas do sexo feminino e do sexo masculino, afirmo que se Quarteira não tivesse sofrido este Restart, hoje teria outra importância no Concelho de Loulé.

7 comentários:

Anônimo disse...

se voce gostasse tanto de quarteira nao votava no seruca porque ele so tem destruido o nosso patrimonio paissagistico como cultural, e vosse se gosta tanto de quarteira saberia que no citio onde estao a construir o cavalo preto resort foram encontrados importantes achados arqueologicos, e voce nem se importou.
aprenda de vez nenhum louletano gosta de quarteira.

João Carlos Santos disse...

Agradeço o seu comentário.
Contudo, «e vosse se gosta tanto de quarteira saberia que no citio onde estao a construir o cavalo preto resort foram encontrados importantes achados arqueologicos, e voce nem se importou.»

Não tenho conhecimento de que tenham sido descobertas evidencias arqueologicas nesse local. Não vi nada na comunicação social. Qual o local mais especificamente? Qual o período histórico dos achados?
Como conseguiu essas informações?

Dado que o que me diz é uma novidade, por favor faça-me o favor de dar mais pormenores, não me posso importar com algo que desconheço por completo.

Cumprimentos,
João Santos

Unknown disse...

o marmoto de 1755 foi especialmente devastador no litoral algarvio, modificando a paisagem por completo e a distribuiçao da populaçao pelo territorio. Ainda hj observamos laços de parentesco entre habitantes de Quarteira e vale Judeu por exemplo, quiçá a sua origem tem por base habitantes do litoral que se refugiaram nessa localidade devido ao receio de viver junto do mar, que remonta ao periodo pos-1755. Alias o antigo centro hipico de Quarteira onde actualmente se constroi o resort cavalo preto data de meados do sec.XVIII era um dos edificios mais antigos de QUarteira.

Anônimo disse...

ve esra isto que queria dizer, eu sabia que voce chegaria la, é inteligente, mas esta terra precisa da sua inteligencia para nao construirem mais essas coisas

João Carlos Santos disse...

O terramoto de 1755 e consecutivo maremoto, foi incrivelmente devastador para este território que conhecemos pelo nome de Quarteira. Quero fazer alusão a uma fonte que consultei o ano passado - não me lembro da bibliografia - em que morreram 50 pessoas do sexo masculino e outras tantas do sexo feminino. Este dado estatístico só poderá ter sido possível com os inquéritos que o Sebastião José, mandou levar a cabo para conhecer em pormenor os efeitos de tal cataclismo.
Outros relatos aludem para o facto de só terem sobrado torres/fortalezas e um manancial de ruínas por toda a área que entendemos como baixa de Quarterira.
Interessante... «torres» e não torre... Mas pronto.

Anônimo disse...

Boas,se foram descobertas importantes achados porque não os denunciou? Desde 1750 a 1755 houve vários terramotos e marmotos tendo terminado com o desvastador marmoto de 1755 e da muita devasta que fez a sua força foi quebrada em parte por uma ilha que havia em frente de Quarteira que lhe davam o nome de ilha dos cães que desapareceu quase na totalidade ficando uma ponta que hoje é conhecida por ilha de faro, e a ilha julga-se ter sido habitada. Tenho de ir uma tarde á Torre do Tombo e confirmar. Atento a Quarteira

João Carlos Santos disse...

Podemos e devemos questionar sempre a veracidade geográfica dos mapas antigos. Contudo, neste mapa de 1670 a tal Ilha dos Cães vem mencionada, só que a dificuldade é localizar Quarteira. Dificultando a localização da Ilha dos Cães como sendo em frente a Quarteira.

http://www.arkeotavira.com/alg-romano/s-bras/SBA-MapasPDF/Mapa2.pdf