(Moinho de Água - Quarteira)
Foi lá no moinho d´água
Que por ti m`enamorei
E as mós cantaram mágoas
Do tanto que por ti chorei
E as mós foram parando
Com a velhice que chegou
Moinho d`água está lembrando
Cada lágrima que rodou
Autor:Marias
Nos dias que correm o ritmo acelerado da vida citadina faz-nos esquecer os tempos em que as coisas aconteciam, de acordo com a vontade das águas. Contudo, há muito que deixou de moer, há muito que foi abandonado e há muito que "chora" por uma nova vitalidade que lhe faça moer uma vez mais. É verdade, às vezes quando menos esperamos o nosso património cultural tenta chamar por nós, mas estamos tão envoltos em outras questões que não conseguimos ouvir o seu lamento.
Meus amigos, este bem cultural está transmitir-nos valores! Valores esses que se traduzem em memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade e até singularidade, isto compõem a nossa memória cultural enquanto povo de Quarteira. Dizem que as nossas cidades são reflexo do nosso país, efectivamente isso é comprovável, contudo é esta a imagem que queremos deixar passar para o exterior? Centros Históricos em ruína, património "rural" ao abandono? Acreditem há muito mais a ganhar em tê-lo conservado e salvaguardado, do que destruído e perdido no esquecimento.
Enquanto isso, vamos deixando aos poucos os elos com o passado, atenção um povo sem memória cultural colectiva não é um povo, é algo mais, que espero nunca ter que chegar a presenciar.
11 comentários:
nao podemos pensar assim,
eu penso que nada esta perdido basta nos juntarmos para recuperarmos esse patrimonio que é nosso e nao deixar que continuem a construir predios e mais predios, se reparares nao e so o moinho de agua e o forte que estao a desaparecer mas tambem a fonte santa que esta seca e porquê? porque o nosso querido conselho de loule decidio por la canos a uns anos atras, e a fonte santa era um paraiso para os quarteirences, tambem com a construçao de predios a casa algarvia tem vindo a desaparecer. a algo a fazer por a minha antiga vila.
Ora ai está amigo Luis; "[...] basta nos juntarmos para recuperarmos esse património [...]".
Contudo, quem mais está disposto a isso? A levar a cabo de forma organizada e sem levantar muitos atritos?
Essas pessoas que apareçam e que se comece a escrever acerca destes assuntos e a sensibilizar muitos mais para estas causas.
Estou de acordo convosco.
O patrimonio de um País, faz parte das nossas *memorias*. Como devemos de dizer um dia aos nossos netos a existencia de tudo aquilo que ja se perdeu no tempo, a favor do modernismo?
Eu sou contra que se destrua a historia de tradiçoes para construçoes de grandes edificios, que muitas vezes se encontram fechados e so a favor de alguns senhores afortunados.
Estou de acordo convosco.
O patrimonio de um País, faz parte das nossas *memorias*. Como devemos de dizer um dia aos nossos netos a existencia de tudo aquilo que ja se perdeu no tempo, a favor do modernismo?
Eu sou contra que se destrua a historia de tradiçoes para construçoes de grandes edificios, que muitas vezes se encontram fechados e so a favor de alguns senhores afortunados.
fico contente por nao ser so eu a pensar assim, apesar de ter so 15 anos interesome e muito pela minha freguesia ao contrario de muitos da minha idade que nem sequer o forte novo ou a fonte santa sabem o que é
temos de lutar sim!
Quem sentir interesse em desenvolver algum tipo de iniciativa informal relativa ao nosso património histórico é deixar aqui o contacto de email e entrarei em contacto com os interessados.
ho joao onde fica esse moinho?
Este moinho está localizado na zona do Almargem.
Na minha meninice ia com a minha avó levar o milho em grão ao moinho de cima,porque na altura haviam dois moinhos no Almargem e se um era o de cima o outro teria que ser o de baixo e ainda lá está,mais degradado do que o outro na margem oposta do rio depois das casas que por ali construíram junto à margem, aqui fica a indicação para quem lá quiser ir verificar como se respeita o património nesta freguesia.
Esse segundo moinho está no meio de um canavial?
O segundo moinho de que falei encontra-se junto ao canavial e tem uma amoreira a norte a cinco metros de distância.
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