terça-feira, 16 de junho de 2009

O estado do Património Cultural de Quarteira - Moinho de àgua

(Moinho de Água - Quarteira)

Foi lá no moinho d´água
Que por ti m`enamorei
E as mós cantaram mágoas
Do tanto que por ti chorei

E as mós foram parando
Com a velhice que chegou
Moinho d`água está lembrando
Cada lágrima que rodou

Autor:Marias

Nos dias que correm o ritmo acelerado da vida citadina faz-nos esquecer os tempos em que as coisas aconteciam, de acordo com a vontade das águas. Contudo, há muito que deixou de moer, há muito que foi abandonado e há muito que "chora" por uma nova vitalidade que lhe faça moer uma vez mais. É verdade, às vezes quando menos esperamos o nosso património cultural tenta chamar por nós, mas estamos tão envoltos em outras questões que não conseguimos ouvir o seu lamento.
Meus amigos, este bem cultural está transmitir-nos valores! Valores esses que se traduzem em memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade e até singularidade, isto compõem a nossa memória cultural enquanto povo de Quarteira. Dizem que as nossas cidades são reflexo do nosso país, efectivamente isso é comprovável, contudo é esta a imagem que queremos deixar passar para o exterior? Centros Históricos em ruína, património "rural" ao abandono? Acreditem há muito mais a ganhar em tê-lo conservado e salvaguardado, do que destruído e perdido no esquecimento.
Enquanto isso, vamos deixando aos poucos os elos com o passado, atenção um povo sem memória cultural colectiva não é um povo, é algo mais, que espero nunca ter que chegar a presenciar.

11 comentários:

luis disse...

nao podemos pensar assim,
eu penso que nada esta perdido basta nos juntarmos para recuperarmos esse patrimonio que é nosso e nao deixar que continuem a construir predios e mais predios, se reparares nao e so o moinho de agua e o forte que estao a desaparecer mas tambem a fonte santa que esta seca e porquê? porque o nosso querido conselho de loule decidio por la canos a uns anos atras, e a fonte santa era um paraiso para os quarteirences, tambem com a construçao de predios a casa algarvia tem vindo a desaparecer. a algo a fazer por a minha antiga vila.

João Carlos Santos disse...

Ora ai está amigo Luis; "[...] basta nos juntarmos para recuperarmos esse património [...]".
Contudo, quem mais está disposto a isso? A levar a cabo de forma organizada e sem levantar muitos atritos?

Essas pessoas que apareçam e que se comece a escrever acerca destes assuntos e a sensibilizar muitos mais para estas causas.

Anônimo disse...

Estou de acordo convosco.
O patrimonio de um País, faz parte das nossas *memorias*. Como devemos de dizer um dia aos nossos netos a existencia de tudo aquilo que ja se perdeu no tempo, a favor do modernismo?
Eu sou contra que se destrua a historia de tradiçoes para construçoes de grandes edificios, que muitas vezes se encontram fechados e so a favor de alguns senhores afortunados.

Anônimo disse...

Estou de acordo convosco.
O patrimonio de um País, faz parte das nossas *memorias*. Como devemos de dizer um dia aos nossos netos a existencia de tudo aquilo que ja se perdeu no tempo, a favor do modernismo?
Eu sou contra que se destrua a historia de tradiçoes para construçoes de grandes edificios, que muitas vezes se encontram fechados e so a favor de alguns senhores afortunados.

luis disse...

fico contente por nao ser so eu a pensar assim, apesar de ter so 15 anos interesome e muito pela minha freguesia ao contrario de muitos da minha idade que nem sequer o forte novo ou a fonte santa sabem o que é
temos de lutar sim!

João Carlos Santos disse...

Quem sentir interesse em desenvolver algum tipo de iniciativa informal relativa ao nosso património histórico é deixar aqui o contacto de email e entrarei em contacto com os interessados.

Anônimo disse...

ho joao onde fica esse moinho?

João Carlos Santos disse...

Este moinho está localizado na zona do Almargem.

CRF disse...

Na minha meninice ia com a minha avó levar o milho em grão ao moinho de cima,porque na altura haviam dois moinhos no Almargem e se um era o de cima o outro teria que ser o de baixo e ainda lá está,mais degradado do que o outro na margem oposta do rio depois das casas que por ali construíram junto à margem, aqui fica a indicação para quem lá quiser ir verificar como se respeita o património nesta freguesia.

João Carlos Santos disse...

Esse segundo moinho está no meio de um canavial?

CRF disse...

O segundo moinho de que falei encontra-se junto ao canavial e tem uma amoreira a norte a cinco metros de distância.